A meu pai
Poema para Francisco
Eu crescia sob a paz de meu pai
Com seus braços afagava-me sereno
No colo sentia a vida sem pressa
Miúda,tão tímida e o semblante faceiro
Olheiras fundas,digo,as minhas!
Transcendiam pela eternidade.
Lembro ainda de mim fazedora de estórias
que junto a meu pai que sempre apoiava
meus feitos e desfeitos, com candura !
Hoje sinto plena sua ausência tão pra mim perene...
Que apesar - das juras ao Pai Maior- ao que me dá tão prontamente consolo
Faço-me presente ao meu pai ponderado.
Terno,meigo,falava-me com brilho em seus olhos de céu.
Mirava-me embevecido, orgulhava-se da filhinha meio que frágil, meio que bicho- do- mato.
Sinto saudades tuas pai, em outro jamais figurei semelhança.
Fostes único em toda sua temperança, em toda sua calmaria.
Fostes belo como homem de virtudes magnânimas.
Abrace-me pai mesmo que eu não veja, sejas meu anjo para todo sempre...
Roseana Chaves