Morta-Viva

Vive hoje pisando em relva

A beber do mel silvestre

Nas flores do belo campestre.

E Sentindo o coração pulsar

Sentindo a alegria bater

Se fosse como a imaginação solta

Aguardando a boneca a andar.

Ao longe barcos vêm chegando

Indefinidas cores flutuando.

Nódoas roxas surgem pelo chão

Drágeas perfumadas explodindo

A minha imagem é o que vejo sorrindo.

Tão sóbria estive pra viver

E morta agora vivo sem querer.

Aos poucos para a cova vou marchando

Mais cruel sozinha do que antes

O sino toca em meu pulso espumante.

Isabelle La Fleur
Enviado por Isabelle La Fleur em 10/09/2008
Reeditado em 10/09/2008
Código do texto: T1170453
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