Arriscar

Escorre nas minhas veias

O sangue da solidão.

Fico amedrontado

Na dúvida do sim e do não.

Se não atravesso seu caminho,

Ficarei novamente sozinho

Com o gosto amargo

Da eternidade.

Prefiro então te parar na rua,

Ter-te, te deixar nua

E me arriscar.

Podendo depois você me largar,

Vou assim falecer

Na mais cruel saudade.