O beijo de adeus

O beijo de adeus

Ainda me marca na boca

A cicatriz do último beijo.

Nos dedos ainda caleja a saudade

Do último toque em seu rosto

Ainda hoje embriagam

As lembranças felizes d´outrora

A calidez do seu sorriso

E sua ardente intimidade

Na nossa cama, ainda jazem

Cinzas do prazer que comungamos

O tão intensamente que pudemos

Na boca brota, involuntariamente, seu nome

E o brilho dos meus olhos, você levou

No longo olhar que a viu partir

Mas sua lembrança me salva ao curar

As chagas que abre a profunda saudade

Qual fruto ´inda verde, vem ao paladar

O inesquecível sabor de se amar de verdade

(Djalma Silveira)