DIAS DIFERENTES

Consegui pegar no braço da inspiração

Agarrei-a, ou ela me agarrou, não sei.

Mas foi-me dada de graça

Na mais pura abstração.

Me esvaí, não pensei.

Ouço sempre a mesma canção.

Linda!

Minhas mãos tão pesadas

Sustento sem tê-las onde pousar...

Vou cochilar agora

Dormir para não sonhar

O tempo corre ligeiro

Mas não diminui o “esperar”.

Sempre se espera algo?

Espero sentir teu cheiro

Logo.