NÃO É SEGREDO

Para suar os galhos, deitar o mato...

Nada como uma fina garoa.

Minha sombra que se adianta

seguiu e eu parei,

Reduzida ao que sinto.

Queria me comunicar em braille

Tocando...

Tímida, diferente do outro lado

A chuva briga com o sol

Olhe o mapa!

É uma distância de polegadas

Obviedades não me contentam

Minha poesia é despida

É imagem pictórica.

Como um antigo vitral!

Em cores que se movem com o sol.

Se me olhas deves saber,

Que o que guardo

É o medo,

Que o que sonho

Não é segredo,

Mas por agora, não posso ter.