INFÂNCIA




Que tempos aqueles:
A vida era uma bola,
A alegria era escola,
E o mundo era feliz.
As tardes de pescaria,
Nadar, jogar, brincar.
O tempo, eterno folgar
E tudo pedia bis.


A noite, a meninada,
Sentadinha na calçada,
A ouvir causos de terror.
Lobisomens, que maçada!
O medo era quase nada,
Em meio a tudo, tanto amor!


As brincadeiras de pique-esconde,
Salva-cadeia e balança caixão.
Histórias de reis e viscondes,
Um mundo de amor e paixão.
Tudo isso ficou tão longe,
E o tempo passou ligeiro,
Nas asas do meu coração.


Vinhedo, 17 de fevereiro de 2009.