AS PÉROLAS E A SOLIDÃO
Choveu pérolas
No pranto dos meus olhos
Onde tentou recolher
Com o perfume
Dos teus lábios
Já sem tempo...
Lágrimas desdobradas
Pelas ranhuras da solidão
Que angustiante teima
Em fazer morada
No silêncio da memória
E onde sombras
Concentram-se na penumbra
De flores que não se abriram.
A solidão ficou...
As pérolas... De tão só...
Nas asas do pássaro sem rumo...
Esvaíram!
Rô Lopes