AS PÉROLAS E A SOLIDÃO

Choveu pérolas

No pranto dos meus olhos

Onde tentou recolher

Com o perfume

Dos teus lábios

Já sem tempo...

Lágrimas desdobradas

Pelas ranhuras da solidão

Que angustiante teima

Em fazer morada

No silêncio da memória

E onde sombras

Concentram-se na penumbra

De flores que não se abriram.

A solidão ficou...

As pérolas... De tão só...

Nas asas do pássaro sem rumo...

Esvaíram!

Rô Lopes

Rô Lopes
Enviado por Rô Lopes em 12/04/2009
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