SAUDADE (Para minha filha, eternamente amada, Ana Beatriz)
Pobre alma angustiada
Sem rumo, sem ilusão
Tão perdida, tão cansada
Em miserável escuridão.
Das belas flores colheu espinhos
Os ventos fortes, sonhos levou
Desmoronaram meus castelos
E seu lugar, vazio ficou.
Tornou-se insípido o mel suave
As chagas, ardentes ainda estão
A dor lateja, num sopro amargo
Trazendo a linda recordação! (seu rosto)
Quisera este corpo morrer contigo
Não só minh'alma adoecer
Pois minha glória foi meu castigo
E sem motivo é o meu viver.