A mulher que domina os meus sonhos.

Ela chegava, abria a porta e caminhava até o quarto
Não olhava para nada
Entrava como se fosse dona daqueles espaços
Sua boca vermelha me desequilibrava
Sua voz mansa e carinhosa me deixava sem fala
E ela sentava a beira da cama
Pernas cruzadas
O corpo lançado a frente
Mão entrelaçadas nas pernas
E batia na cama como se ordenasse
Você eu quero aqui.

Cheirava como flores
A pele como veludo
Me deixava desnudo em uma poesia
E sorria
E beijava
E amava
Como se o tempo não existisse
Eu chorava em alegria
Ela levantava como uma dama
Se banhava como uma artista
E amava como meretriz.

Vestiasse lentamente com o olhar sempre pungente
A observar um ser doente
Pela espera de um dia
De amar sem covardia
Este ser toda harmonia
Que não se intimida
Pois sabe que és temida
Quando possuída
Possui
Ate a alma a quem se entrega em luz.
Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 25/04/2009
Reeditado em 17/07/2009
Código do texto: T1558920
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