A PRAÇA DOS NAMORADOS
Então o poeta pensou
E se perdeu em seus devaneios,
Flutuou entre as auroras boreais
E descansou entre os trigais matutinos.
Rabiscou seus pensamentos aleatórios
E deixou que se convertessem simplesmente.
Uma canção cigana húngara é tocada
Na praça do Largo da Saudade.
E as notas desfilam pela mente
Brilhantemente formadas de uma rapsódia.
Os fragmentos de doces beijos
Trazem o sussurrar dos namorados.
Desce o dia em sua hora declinante.
O som invade a praça e as ruelas.
O poeta se deixa enlevar e sai fugaz
Enquanto no céu desponta uma lua pratedada.
São Paulo, 22 de abril de 2009.