INVOCAÇÃO À AMADA
Vem,
boca, seios e sonhos,
armada de amor,
tesão e fogo.
me faz renascer
menino de novo
pleno de prazer.
vem,
que em mim semeaste
uma alcateia de doidos.
serpentes de paixão
circulam famintas, insones
à procura deste pão
que só há nas ilhas
perdidas pelo teu corpo
vem,
sigo triste neste jogo
estou cego, solto,
perdido, sou tão pouco!
tudo o que toco fica torto,
murcha, morre, acaba oco.
o céu não exala, é insosso.
e eu procuro por estrelas,
mas só encontro fogo morto.