Perdi as Contas dos Dias...

Perdi as contas dos dias,

Que não vejo a minha Ceci.

Eram tantas as alegrias

Que não estão mais aqui!

Cortamos sim quase tudo.

Praticamente desligados.

Um recadinho quase mudo,

Sentimentos engasgados.

O descondicionamento

Está mesmo acontecendo.

Aliviou aquele tormento

Que só ia crescendo.

Seja a culpa ou o medo,

E mais as estratégias...

Era louco nosso enredo,

Sempre à beira de tragédias.

Quanto cuidado ao falar,

Não pronunciá-la por engano.

Quanto sentimento a ocultar.

Sem poder fazer nenhum plano!

Mas uma coisa eu confesso:

Meio a essa confusa história,

Nosso Amor foi um sucesso

Cheio de lições e glória!

A vida era mesmo mais bela,

O ânimo e força eram constantes.

Ainda guardo o amor por ela,

Talvez mais vivo que antes.

Pode parecer pra ela exagero.

No que digo sem vergonha.

Mas cadê o dito passageiro?

A vida ficou mais enfadonha!

Sabemos que a felicidade

Deve ser independente...

É uma grande verdade

Que a gente entende...

Mas não sei que nome ponho,

Pra substituir a felicidade,

Mas é muito mais que sonho

E o que vivemos é Realidade.

Tá tudo compreendido,

Nada pra argumentar.

Mas o Amor escondido

Tá vivinho pra te amar!

Sinto as coisas diferentes,

Além da rotina de te amar.

Vidas em outras vertentes

Mas sem o Amor passar.

O que agora difere,

Talvez seja tristeza.

O ego sente e me fere.

Tira parte da beleza.

Um bom prato de comida,

Ou um belo café da manhã...

Como por não ter saída

Não posso deixar pra amanhã.

Tanto que gosto de esporte,

De uma corrida matinal...

Agora até caminhar é a morte

E meu corpo anda mal.

Sempre abarrotado de trabalho,

Nisso não mudou em nada.

Mas o serviço eu embaralho

E a organização embananada!

Ando mais apagado meio quieto,

Minha luz agora acho que só pisca.

Antes não, estava mais que repleto,

Seguia o manual da vida à risca!

As pessoas notam e dão os toques:

Você parece meio triste e abatido!

Não vejo como mudar com retoques.

O interior em meu rosto refletido!

Até a tão derradeira esperança,

Ou o acreditar num bom futuro,

Onde está a minha feliz criança?

Fico indeciso em cima do muro.

Agora que divago na melancolia,

Revelo uma face oculta e doída.

Mostro uma alma cinza em agonia

Abandonada por mim esquecida.

Porém quando de você recordo,

Empresto as alegrias do passado.

Percebo você bem aqui a bordo

E o nosso Amor bem guardado.

Daí o arco-íris desponta!

Experimento logo revés.

Alegria e ânimo sem conta!

Ao Pai curvo aos seus pés!

Eu te amo Ceci mui amada,

Nada poderia mudar em nós.

Não seria uma separação de nada,

Que deixaria meu coração sem voz!

Minha pena fica guardada,

Os versos seus são só seus!

És a eterna namorada,

Minha esposa perante Deus!

Alegre-se mulher linda guerreira!

Sorria com seus verdes brilhantes!

Mostrastes que é de fato verdadeira!

Eu te amo ainda mais que antes!