Saudade II

A música que o vento trás é a melodia da minha dor

Aquela breve despedida é a mais lenta ferida aberta

O aconchego repentino é o desabrigo aonde for

Sem que se espere estavamos munidos do forte abraço

Era o meio daquele início que nunca terminou

O que um dia em fim se trasformou

É agora suplicas de verdadeiro amor

Tudo que é pequeno, imenso se torna diante do rio de lágrimas que o par derramou

Quem vai embora?

Porque as portas ninguém trancou

Entre mil abraços é querer apenas um

Entre mil beijos é fechar os olhos somente quando encosta naqueles lábios

E é sentir ferver o sangue, algo descompassado

Que só quando se juntam tem possível uma explicação

Saudade nem parece sentimento

Parece música, parece vento

Faz com que eu fique longe de você

Mesmo tão perto

Saudade me parece o nascer

(agora leia de baixo para cima)

Erika Soares
Enviado por Erika Soares em 08/09/2009
Reeditado em 20/04/2015
Código do texto: T1798895
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