O tempo é "subjetivo"

Belos dias, aqueles em que eu podia admirá-la todos os dias

Sentir o seu perfume e o sabor de sua boca

Sem a preocupação do amanhã

Por que me afligiria?

Se eu a tinha todas as noites

Noites que caminhavam vagarosamente ao lado dela

Saudades??? Claro, muitas, até o momento de encontrá-la

Simplesmente sabia que a acharia de braços abertos

Assim como ela também tinha a sua certeza

Os nossos dias eram curtos e as noites longas

Não tinha Sol, chuva, frio ou calor

Tudo porque à noite eu a contemplaria

Sentaríamos lado a lado abraçados

A olhar o céu, as estrelas e a grande Lua

Apenas trocando o nosso calor

E dessa maneira curtir mais um final de noite

Poucas palavras, muitos olhares

O tempo para nós era subjetivo

Nós o controlávamos

Mas hoje, infelizmente já não tenho mais isso

Não tenho mais quem admirar

Nem sinto mais o seu perfume e nem o sabor de sua boca

Agora o tempo se torna inimigo

A todo instante escapa das minhas mãos

Dúvidas aparecem

O clima atrapalha

NADA PARECE BOM

Meu corpo treme e nada o faz esquentar

Tudo porque hoje já não a tenho mais

Agora apenas lembranças

E muitas saudades de um momento

Em que o tempo... para nós era subjetivo

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 09/09/2009
Código do texto: T1800039
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