VINHO AMARGO

Não tenho mais o que fazer

Nem escrever, nem mesmo chorar

Também não tenho lágrimas

A seca secou

E na enxurrada a cheia levou..

Às vezes a batalha é perversa

A luta é espinhosa

É como

Dar murro em ponta de faca

Ninguém vence sozinho!

Às vezes se renúncia

Como Jesus renunciou a vida

Por amor

E entregou-se nos braços do Pai.

Pra recomeçar uma nova era

Somos tantos e quase nada somos,

Aprendemos a lidar

Ser líder

Comandar

A própria arrogância

A ciência se propaga

E a espiritualidade se fecha

Como o silencio dos sábios.

O vinho que se bebe é amargo

Como amargo é o gosto da solidão.

Como um só voa

Outra inerte tranca a porta

E em telepatia o pensamento

Transmite a aflição do coração

Da alma que espera só.

Renunciar? Não é desistir

É deixar o caminho aberto

Pra quem não precisa lutar.

De qualquer forma estarei la

Na areia da praia

Esperando o amor voltar!

E se voce quiser me procurar

Saberá onde me encontrar

Vou indo

E se voce fica

Deixo no meu coração

O seu nome gravado

E uma frase: Te amarei sempre.

Se não for aqui o nosso amor

A gente se encontra em outra dimensão.

bel Salviano Planeta Poeta
Enviado por bel Salviano Planeta Poeta em 09/09/2009
Reeditado em 12/09/2009
Código do texto: T1801735
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