Saudade
Saudades
Por dentro dos meus olhos passa um rio.
Águas quentes, correntes,
Inundam o meu coração vazio.
Meu olhar molhado e esguio
É chuva que derrama, torrente,
Enchentes de dor no meu peito frio.
Sinais vivos de morte
Rondam a minha alma triste.
Vida perdida, sem norte.
Destino ilhado, faca de corte.
Mas, o encanto resiste,
À minha falta de sorte.
Este canto é um lamento de saudade,
De ti que estás distante
E que tua presença, me invade.
Sou um ser reduzido à metade,
Me encontro sem rumo, errante.
Te amo de paixão e verdade.
Te encontro em cada esquina da vida,
Tão bela quanto a flor do campo.
És uma rainha amável e querida.
És a primavera ungida
De belezas e encantos.
És um grito de dor em minh`alma ferida
As águas dos meus olhos tristonhos,
Alagaram a minha esperança.
Tu és a deusa dos meus sonhos.
Me completo em lampejos criptônios
Ao te sentir por completo em mim,
Saciando meus desejos risonhos.
Sou cravo perdido em jasmins.