Saudade

Saudades

Por dentro dos meus olhos passa um rio.

Águas quentes, correntes,

Inundam o meu coração vazio.

Meu olhar molhado e esguio

É chuva que derrama, torrente,

Enchentes de dor no meu peito frio.

Sinais vivos de morte

Rondam a minha alma triste.

Vida perdida, sem norte.

Destino ilhado, faca de corte.

Mas, o encanto resiste,

À minha falta de sorte.

Este canto é um lamento de saudade,

De ti que estás distante

E que tua presença, me invade.

Sou um ser reduzido à metade,

Me encontro sem rumo, errante.

Te amo de paixão e verdade.

Te encontro em cada esquina da vida,

Tão bela quanto a flor do campo.

És uma rainha amável e querida.

És a primavera ungida

De belezas e encantos.

És um grito de dor em minh`alma ferida

As águas dos meus olhos tristonhos,

Alagaram a minha esperança.

Tu és a deusa dos meus sonhos.

Me completo em lampejos criptônios

Ao te sentir por completo em mim,

Saciando meus desejos risonhos.

Sou cravo perdido em jasmins.

Dourival Santiago
Enviado por Dourival Santiago em 28/06/2006
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