AS MARIPOSAS DA PRAÇA

Fim de um sonho.... e lá se foi minha rôxa flor!
De tantas idas e vindas... desta, nunca mais voltou!
E eu me que levantei tantas manhã
na esperança de sua volta...!

Em cada gesto e palavra foi-se
gota-a-gota esvaindo
a esperança de nós dois...

Ao redor das luzes algumas mariposas ainda voam!
indiferente a minha dor!
Voam alegremente as mariposas com fome de luz!
Inda a pouco eu voava em sonhos
bebendo seus beijos e abraços
nos braços de minha flor...

No chão as mariposas sem asas,
se cruzam agonizam de amor...

Pobres mariposas que inda a pouco se amavam!
a praça ficou vazia, somente o cheio das flores
e a seiva das rosas que exalou de suas mãos.

Tudo é solidão! o sonho acabou!
as lembranças e eu, na praça vazia...

Uma vontade louca de chorar, gritar seu nome,
esvaziar minha alma da dor que ela deixou...
...
Mas repentinamente surge do beco da igreja
um bando de mariposa, coloridas de flores belas

Fitas nos cabelos... risos e alaridos inconfundíveis...
cheiro de cigarro e desodorante mistral...
Um aceno indiscreto!
e lá vou eu! voar sem asas!

Grudar-me as mariposas no chão do mercado municipal.
indiferente ao amor que inda pouco me deixou...

Flamarion Costa
Enviado por Flamarion Costa em 11/10/2009
Reeditado em 03/05/2010
Código do texto: T1860992
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