DE VOLATA À CIDADE NATAL

Muros da alma atrás das grafites,

Sol de outono, sem nuvens que o limite

Manhã vagarosa que dobra o dia

Para uma tarde pesada e triste.

Brisa que sopra cinzenta nas folhas

Dos galhos secos, nos quintais dos sonhos

Gramas empoeiradas cor de palhas

Caídas sob pés e olhares tristonhos.

Solo sagrado em que piso surpresa

Ante a visão do meu grupo escolar,

Onde está a infância e a beleza

De um passado que em sonhos, vim buscar?

Sombras cansadas, de árvores antigas

Dos ramos que tentam tocar o chão,

Plenos de flores, vermelhas espigas

Saltam dos galhos para minha visão...

Boas vindas eu ouço sussurrar,

O vento, nas flores da casa ao lado,

A montanha parada a me acenar

A o sol que ainda brilha em cada telhado.

Camélia La Branca.

25/02/009

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Camélia La Branca
Enviado por Camélia La Branca em 16/10/2009
Código do texto: T1869391
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