O que não Fez
Tantas coisas para fazer
Se esquecia de viver
A ânsia por trabalhar
Lhe impedia de sonhar
O filho nem o via chegar
Computador era seu amigo
Ao falar com gente ficava até perdido
Já não sabia se expressar
Era azedo, amargoso, robotizado
Ficava o dia inteiro sentado
Não via a tarde passar
Hoje...
Com seus cabelos brancos
Na velhice cai aos prantos
Mas não há como voltar
A banda já passou...
O filho se formou
Longe foi morar
Computador com ele não quer falar
Perto da partida chora...
Alegria não vivida
Meninice esquecida
Por tanto trabalhar