O que não Fez

Tantas coisas para fazer

Se esquecia de viver

A ânsia por trabalhar

Lhe impedia de sonhar

O filho nem o via chegar

Computador era seu amigo

Ao falar com gente ficava até perdido

Já não sabia se expressar

Era azedo, amargoso, robotizado

Ficava o dia inteiro sentado

Não via a tarde passar

Hoje...

Com seus cabelos brancos

Na velhice cai aos prantos

Mas não há como voltar

A banda já passou...

O filho se formou

Longe foi morar

Computador com ele não quer falar

Perto da partida chora...

Alegria não vivida

Meninice esquecida

Por tanto trabalhar

Luciana Sanches
Enviado por Luciana Sanches em 31/10/2009
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T1897833
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