Mar de Saudade
Mar de Saudade
Cavei a Lua com os olhos, nesta noite
As lágrimas correndo antigos sulcos
Repassei antigas chances com seus riscos
A saudade se torna em tempestade
E o passado reflui sobre o leito seco da memória
A vida desejada não é mais que história
A luz dos teus olhos ilumina subitamente os meus
E o fio da tua fotografia me corta facilmente o peito
Fazendo pulsar desejos já adormecidos
Tentando expulsar pensamentos empedernidos
Embriaguei-me de tudo, exceto a verdade
De que tudo que erijo naufraga, num mar de saudade
(Djalma Silveira)