abissal de tempo

à beira de teu perfume

que se esvai

aonde eu fico,

por deus?

o sol aparece

e se esconde

bailado cruel de luminosidades

e eu tenho medo

sem entender

o ritmo da vida

e a cada sopro

ou brisa

que me chega de ti

eu me alimento

e eu respiro

para logo em seguida

perder-me

neste caminho

ex- nosso

uma abissal de tempo

e de vozes

olho no olho

pupila do mundo

em nós

Aonde hei de ficar?

(dentro de mim

ainda e sempre

aquela essência)

alquimia nossa.