SOLIDÃO

Tento em vão esquecer
o amor perfeito, 
ora desfeito...

Meu sangue 
foi pelo seu envenenado
e pulsa em minhas veias 
alucinado.

As lembranças sempre 
presentes
ressentem sua ausência.

Nestes sombrios dias
sua imagem querida
acaricia os sonhos 
abandonados
e aumenta a ferida.

Meu corpo impregnado 
pelo seu cheiro
entrega-se ao tempo,
em busca de esquecimento.

A alma em desatino chora,
uma dor prenha 
de saudade
que o coração invade.

Vazio de momentos...
Emoções ao relento...

O amor se foi,
e neste ingrato agora
fantasias em desvario 
invento tentando
escapar da loucura,
do tormento
e esquecer a solidão, 
que me devora...


2006



Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 29/08/2006
Reeditado em 01/11/2009
Código do texto: T227609