O SINO E O MENINO FEIO
A pedido do vigário, dois meninos sempre iam
No alto de um campanário, e logo os sinos tiniam,
Para anunciar no som, eventos que haveriam!
A cidade era pequena, com ruas empoeiradas
Havia em sua praça, tortas vielas, calçadas,
Em que as moças davam voltas, umas às outras abraçadas!
Das donzelas admiradas, pelos adolescentes de então
Havia as que eram belas, mas não lhes davam atenção,
Principalmente ao mais magro, que ia ao calçadão!
Com isto o menino feio, se sentia desprezado
Mas não dava importância, pois sabia do ditado
“Mais vive a vida feliz, aquele que não é notado”!
Mas a sua bicicleta, era linda e cuidada
Tinha o nome de Angélica, e era bem equipada,
Com isso o jovem feio, tinha a vida realizada!
Junto de seu companheiro, pelas ruas pedalavam
Indo de um canto a outro, na cidade em que moravam,
Suas belas bicicletas, a muitos admiravam!
Pena que o tempo passou, sem deixar sua guarida
Os amigos separaram-se, pelas estradas da vida,
As bicicletas se foram, sem destino na sumida!
Das venturas de um poeta, as letras são capitais,
Pois com elas ele compõe, lembranças em editais,
Retratando os velhos tempos, que não voltarão jamais!
Da pequenina cidade, e das noites lá na praça,
A lembrança é a bebida, que sempre está na taça,
Como um vinho que embriaga, e ao sentimento repassa!
Ao ver uma bicicleta, nobres lembranças lhe vêm,
Do amigo adolescente, e da Angélica também,
Sendo ela um veículo, que o conduzia além!
O tempo passou, mas Deus, em sua vida permaneceu,
Já que nos dias futuros, Jesus Cristo o converteu,
E fez do menino feio, no evangelho um elo Seu!