ONDE “SE PARA” A DESPEDIDA

Um fim de tarde

Uma breve pausa em tom cinza asfalto

O sol vai dando seu adeus e também duas vidas se despedem

Envolvidas num abraço, vestidas de saudades

enquanto um coração se vai

O outro retorna para o mesmo ponto,

A ingratidão do espaço

Onde dois corpos não podem ocupar

Apenas um ponto para despedida

Aquela que sempre

Há de lembrar.

Chega a noite,

E faróis cruzam pensamentos

Iluminando um desejo que não volta atrás

Deixando a solidão brindar

O tempo que a pouco brilhava

E que agora

Por sua ausência

Um enorme vazio

Propaga

Me resta a esperança em calendários

Um amanhecer

Um novo fim de tarde

Um ponto de partida

Uma saudade.

(*)

Darío Junior
Enviado por Darío Junior em 30/07/2010
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T2407520
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