Ode à saudade.

Pastoreio a saudade,

no prado da minha vida;

Sem nunca ver que a verdade,

já há muito foi esquecida.

Canto o hino à saudade,

na minha lira calada,

como louvor à trindade;

Sem pensar na minha amada.

Escrevo a minha saudade,

em poemas de fogo e dor.

Faço poemas de maldade

e outros de muito amor.

Vivo com minha saudade.

No meu peito está o espinho,

ferindo na suavidade;

Dos lindos lençóis de linho.

Saudade essa palavra,

que o Português inventou;

Não viu que nela se dava,

em tudo que ele amou.

A alma de Portugal,

canta no fado a verdade.

Nele canta o seu mal,

quando vive na saudade.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 15/09/2006
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