NOITE ALAGADA
Não sei o peso dessa gota d’água
Que a noite deixa cair em mim
Ah, se o vento, levasse a mágoa
Extraísse dos olhos esse carmim
Visto que a chuva cai lá fora
Mas aqui dentro é frio – é seco
E, num vazio, cheio de memória
A vida passa inglória, sem aconchego
Abnego a noite alagada nos olhos
Que acorda reminiscências em mim
De quando os crepúsculos eram sonoros
E as gotas da chuva me faziam luzir
Ivone Alves Sol