ESFINGE

ESFINGE

Porque, ou para que tanta distância?

Eu, não errei, apenas amei e amo, e sempre vou amar todos os momentos que, desde aquele acampamento na Serra do Cipó quando conheci você, até hoje, fizeram parte de nossas vidas. Somente vivo nós e nossos filhos, e assim fica difícil entender tanta separação...

Quando retorno à Belo Horizonte tenho a certeza que cheguei. Quando volto à Telêmaco Borba, sei que em Belo Horizonte fiquei...

Sinto muita falta da família, ontem quando junto de meus pais, e hoje de vocês meus filhos, e também de você minha querida companheira.

Hoje a prisão desta distância é a falta de dinheiro.

Ontem não existia prisão,

A saudade era a liberdade,

E quando ela batia forte...

Eu voltava para casa.

Agora esta prisão está sendo impenetrável e enigmática...

E corrói cada momento de minha vida.

É torturante saber que tem que ser assim...

Ser um prisioneiro... E o pior:

O sentimento de uma ausência latente...

Que pode ser comparada a abandono.

_Li certa vez:

"Muitas vezes sentimos uma paz inexplicável na ausência da pessoa que se ama"

_Talvez exista uma verdade neste pensamento...

Felipe Antônio Martinez

Segunda-feira, 21 de junho de 1999

Felipe Antonio Martinez
Enviado por Felipe Antonio Martinez em 28/09/2006
Reeditado em 05/03/2008
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