Flores na tumba de um Vasco..

Exceto as da imaginação

Havia perdido todas as batalhas

Uma tarde de chuva nos contou,

Vencido, que jogava a toalha

E ninguém lhe creu.

Mas este dia não ia de farra

No dia seguinte conseguiu uma corda

E em lugar de rezar uma oração

Mandou o mundo a merda.

E da árvore mais alta se pendurou.

Devia quinze meses de aluguel

Deixou de herança um verso de Neruda

Uma xícara com barquinhos de papel

flutuando no café.

E uma guitarra clássica e viuva.

O pouco que tinha investiu

Em um osso de luxo pro cachorro

E pagou a vista a maior corôa que encontrou

Para que houvesse flores em seu enterro.

Era o rei do aceite de hachis

E lhe excitava mais roubar um banco

qu o maio de Paris.

Pela rua o vi a ultima vez

Com seu ar melancólico e murcho.

Ao olhar o menu de um cabaré:

Comida, meu prato favorito!

Gritou só de sacanagem.

Ontem fez dois meses que se foi

Ao bairro que esta atrás das estrelas

A morte que é ciumenta e é mulher

Se em caprichou com ele e o levou

Para dormir sempre com ela.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 14/02/2011
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