Sempre Comigo

Sempre penso em você e minha mente viaja e em segundos vou do passado ao futuro, salto pelo presente que somente me serve de ponto estação para meu romance.

Nos momentos em que me concentro nas navegações de trabalho, penso que sou apenas eu. Uma voz, uma pergunta, uma experiência, um lamento, uma reflexão. Mas logo infiro que este “eu “ é diferente. Ele cogita, sugere. Convence-me que nunca estou só. Pois solidão, não me responde, não fala, não conversa, não sorri..., não ensina, não divide, não afaga, não beija e mais, não faz companhia. Você sempre esteve em minha vida. E por diversas vezes tenho a impressão que estas me olhando. Vejo seu rosto transito, na multidão e esporadicamente tenho esta impressão no meu cotidiano. Deve ser meu “ego” tentando ti materializar, ou você tentando se achegar a mim de maneira sorrateira. Mas sei que é bom estar com você.

Você e para mim como uma rosa. Uma rosa comum aos olhos. Que não se difere em nada das milhares de rosas dos diversos jardins. Têm espinhos, encantos, pétalas. Mas o mais importante, que a torna única, é invisível (abstrato). O que tenho contigo, não tenho com nenhuma outra. O que és para mim outra nenhuma será. Eu poderia procurar rosas em diversos jardins e sei que rosas eu iria encontrar, mas você, lá eu não iria achar.

É através do afeto direcionado ao objeto que faz com que ele se torne diferente dos demais objetos. Um jeito de sorrir, um pequeno defeito, ou mesmo uma mania apaixonante são os reais responsáveis por que o sujeito possa ser então, considerado único. Do contrário, sem estes atestados de afeto tão simples e quase imperceptíveis, todo o resto seria desperdiçado e o indivíduo não passaria de mais um entre muitos.

Como diz o Pequeno Príncipe, “o que torna belo o deserto é que ele esconde um poço em algum lugar”. Quando ganhamos um presente, ele carrega o sorriso de quem o deu, a expectativa no desembrulhar. Se fosse somente o presente em si, este não seria nada além de uma casca.

Minha eterna saudade...