Saudade

Soberana construção , de imponente pilastra,
terraço dos meus brinquedos,brisa que espanta mormaço !
A cadeira de balanço ainda espera recostar tua canastra,
A rede que me embalava, também me envolvia em abraço !

Ao alcance do olhar ,os campos e arvoredos,
cabras ,bois,frutos e flores,e as aves de rapina,
a vida a se desenhar num misterioso enredo...
E o engenho de cana-caiana são visões que desatina !

Vertentes rios de água doce,cristalinas fontes de vida;
Alimentando a terra seca,na aridez em rachaduras;
fornece o peixe e o pão, dá de comer ao pobre,
que de mãos prostradas aos céus,agradece,se mantém nobre !

Correndo pelas campinas,pés descalços,cabelos ao vento;
Nada de cansaço,nada no pensamento,respirando liberdade...
Dessas lembranças de menina é o que tenho mais saudade !



Jeito de mato