GARANTO QUE ELA NÃO MATA


Ainda que a saudade
Amargue que nem jiló
E que seja uma realidade
Sem piedade nem dó,
Se a gente não a maltratar
Ela se torna uma fonte
E disso eu posso falar,
De suave inspiração
E até serve de ponte
Entre nós e a emoção,
Vindo abrigar-se no peito
Onde mora a ilusão
E tendo os mesmos direitos
Das leis de um coração.
Eu garanto que a saudade
Até pode machucar
E que ela não tem idade
Nem hora e nem lugar
Faz parte da realidade
Onde quer que a gente vá,
Mas certamente não mata,
Embora nos entristeça,
Se soubermos cultivá-la
Ela transforma-se em beleza.


Fortaleza, 29/06/2011