A Casa Desabitada
MUitas noites sonhei com tua volta
Teus olhos verdes, tuas mãos macias..
Olhando o fogo, a lenha queimando na lareira
imaginava nossos corpos nus
envolvidos no edredon colorido.
Tua barba roçando minha pele
descrevendo círculos imaginários
nos meus afetos..
Mas vejo hoje
É indiferente que digas sim ou não.
Os dentes esmigalham as palavras.
Não há consolo na queda.
É indiferente.
Por isso se fecham as portas.
Lacram-se as janelas.
E se abre a ferida
Na velha casa desabitada.