A Casa Desabitada

MUitas noites sonhei com tua volta

Teus olhos verdes, tuas mãos macias..

Olhando o fogo, a lenha queimando na lareira

imaginava nossos corpos nus

envolvidos no edredon colorido.

Tua barba roçando minha pele

descrevendo círculos imaginários

nos meus afetos..

Mas vejo hoje

É indiferente que digas sim ou não.

Os dentes esmigalham as palavras.

Não há consolo na queda.

É indiferente.

Por isso se fecham as portas.

Lacram-se as janelas.

E se abre a ferida

Na velha casa desabitada.

Rejane Savegnago
Enviado por Rejane Savegnago em 02/07/2011
Código do texto: T3071442