Confissões ao Anoitecer

Chega de palavras profanas

Dançando nas luzes da noite.

Calei a minha voz! Gritei o silêncio.

Num desafio às nuvens desgrenhadas

O crepitar do sol apagou-se num braseiro avermelhado

Onde queimar agora as incertezas?

Onde plantar esta ânsia de te encontrar?

Faltam-me os teus olhos

Incendiados de luz

Como estas lanternas violando a obscuridade.

Confesso…

Só a tua alma desvendaria o segredo

Destes pinheiros esguios

Vestidos de sombras agitadas

Dançando no imaginário adormecer

Dos meus olhos cansados.

Confesso!

Inquietação latente

Um peso de ansiedade

Quando olho em redor

E não adivinho onde nascerá o sol de amanhã.

E se não houver amanhã?

Como vou encontrar-te sem rumo?

Confesso e assumo

Nada sei.

Josalvespt
Enviado por Josalvespt em 02/08/2011
Código do texto: T3134621
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