CREPÚSCULOS DESENHANDO O CÉU

Onde se esboçam os sorrisos

num mundo tao circunspecto

onde a tristeza impera

e as virtudes se foram?

Que é dos muitos abraços

outrora dados fraternos,

sem resquícios de malícia,

de doce expressão poética?

Onde andam os beijos sinceros

sem vis rasgos pornográficos,

a conter somente estigmas

de poesia, longe da maldade?

Cadê mãos amigas que afagavam

sem segundas intenções,

entrelaçadas tão-somente

com o fito de servir?

Não vejo ombros amigos

onde possamos deitar

a cabeça sem receio

de toques de langor,

onde os deixamos?

Já não descortino olhares

que outrora desciam

sobre nós com a pureza

do amor altruísta,

que se deu com eles?

Ficaram apenas como

recordação aqueles olhares

de romântica paixão

que ontem trocavam

os enamorados?

Sinto deveras saudade

de românticos luares,

emocionantes entardeceres,

lindos crepúsculos

desenhando o céu.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 28/09/2011
Código do texto: T3245029
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.