SAUDADE QUE DÓI

Saudade que dói, saudade dela,

Da absente flor, da dor causada

Pela distãncia, pela dor pausada

Pela saudade de estar com ela.

E na saudade, a melancolia,

Nos rúbros olhos de quem chora,

De quem partiu, de quem foi embora,

Saudade daquela velha alegria.

Ai saudade me aperta no leito!

E a escuridão tem voz e fala,

Eu ouço a voz de que não cala

Pela saudade que dói no peito.

Saudade de quem nunca vi,

Daquela que nunca beijei,

De tudo que aqui eu sujeitei,

Saudades de tudo que vivi.

Saudade na noite perfumada,

Com seu oloroso perfume,

De um olhar, de um lume,

Saudades da bela animada.

Saudade da velha roupa

Que me deste no namoro

E me lembrou num choro

Que saiu desta voz rouca.

Saudade daquela tua maldade

De ir embora e não retornar,

De deixar o tempo apagar

A saudade, saudade, saudade.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 12/10/2011
Reeditado em 21/03/2013
Código do texto: T3271553
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