TENEBROSA SOLIDAO

Olho,

E aquele cantinho especial onde se aninhava você...

Hoje é um vazio imenso... sua presença preenchia tudo que é hoje saudade.

As pessoas precisam mais do que parece ser banal do que da pompa do inalcançavel ... Porque não percebemos isso ha tempo!

Hoje tateio pelas coisas e detalhes do deixado pra traz ... consigo remontar esse fraguimento do nosso relacionamento terminado.

E percebo o quanto te amava ... as coisas boas e as ruins também ... Hoje queria ouvir de você nem que fosse seu praguear de palavras injustas, advindas da tua revolta sem razão.

Mas ficou o ensurdecedor silencio da tua voz muda que apenas se repete em meu cérebro, como badaladas dum sino numa manhã de domingo sem descanço.

Estou só e a solidão doi mais que teu pulso a bater contra meu peito em raiva ou ciume.

Ciúme que tanto ignorei e hoje suplico por ele.

Tamanha solidão que me engole inteiro ... envolve tudo que sou em suplicio... em amargo.

Você que mandei muitas vezes embora ... e que só queria a chance de te implorar para voltar ... de te indicar o caminho ... e dizer que sinto tua falta, e que voltes antes que desfaleça por fim.

E pode estar certa, ainda te amo ... te amo hoje como sempre amei ... mesmo quando meus lábios pronunciava em raiva o contrario.

E olho o banco vazio ... onde sentavas na varanda tranquila ... a ler ou ver a chuva e se perder em pensamentos ... e choro tanto quanto a chuva que caia lá fora.

Choro até perder a voz ... até perder os sentidos e ser vencido em pura exaustão ... e acordo sozinho outra vez ... pra viver mais um dia de tenebrosa solidão, Em busca da parte do que você era em mim ... Na busca frenetica de ser completo outra vez.