A caneta, ou enquanto ela existir
O hoje, breve, será
o ontem de amanhã.
Filosofia vã, por entre
as horas que voam
sem terem asas, manchando
as paredes de minha
casa, com lágrimas
de um amor que transformou-se
em saudade visceral.
Entre minha mão e o
papel, está a caneta...
Elo entre o meu coração
e o universo.
Inanimada, ganha vida, força,
através da paixão
que faz com que ela
se locomova, construíndo
imagens nos versos
que tento criar.
Colore, humilde, o ontem
distante do amanhã
que nunca chega.
Recria o "eu te amo"
que nunca é dito,
simplesmente,
por não existir.