A caneta, ou enquanto ela existir

O hoje, breve, será

o ontem de amanhã.

Filosofia vã, por entre

as horas que voam

sem terem asas, manchando

as paredes de minha

casa, com lágrimas

de um amor que transformou-se

em saudade visceral.

Entre minha mão e o

papel, está a caneta...

Elo entre o meu coração

e o universo.

Inanimada, ganha vida, força,

através da paixão

que faz com que ela

se locomova, construíndo

imagens nos versos

que tento criar.

Colore, humilde, o ontem

distante do amanhã

que nunca chega.

Recria o "eu te amo"

que nunca é dito,

simplesmente,

por não existir.

Hernany Tafuri
Enviado por Hernany Tafuri em 17/01/2007
Código do texto: T349986