Diagnóstico: Saudade

Saudade, pedaços mórbidos pelos caminhos,

pequenas selvas de calafrios,

anúncios loucos de que se estar sozinho...

Saudade, alma afiada que não encontra ninho,

canção imaginária sobre carinhos...

páginas relidas sem nada escrito,

presságio doente que um dia sorriu...

Saudade, bate em outra porta,

me deixa sã, não te subestimo,

perdi de tudo que é vivo, o afã.

E não importa saudade, em que mares escorres,

se num leito de um rio, tu foste indescritível,

hoje beijo tua face pálida,

nossos risos se desfazem do nada,

nada de saudade, nada de verdade,

se precisa urgentemente, é de viver...

Ada Mendes
Enviado por Ada Mendes em 28/03/2012
Código do texto: T3580586
Classificação de conteúdo: seguro