Chegada

Horas na estrada,

Matos, árvores, pequenas praças,

Escuridão absoluta,

Faróis de carros antes das curvas.

O céu tão estrelado de meu Deus,

Entre estrelas ouve uma que desapareceu,

Se movimentando acho que era distante aeronave,

A lua me seguindo na janela pedindo carona como quem pagasse passagem.

Que saudade de quem eu via,

Esperava um abraço de quem eu pouco sabia,

Me esperando cheias de interrogações numa sacola,

Em saber realmente quem sou.

Como eu queria envelhecer,

sem que meus calafrios de adolescentes não pudessem nunca desaparecer,

Uma dúvida do medo, brinquedo de um frio na barriga,

Pequenas melhoras e por você levemente reduzidas.

Mas se sua boca calasse minhas palavras bobas,

Se os seus olhos flagrassem aquela agonia tola,

Seus ouvidos captariam meu corpo inteiro,

No momento da pausa o silêncio de um beijo.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 05/06/2012
Código do texto: T3707467
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