INVERNO

O sol vem acordando num fria manhã de inverno,

Como suas tristes gotas de orvalho,

De uma noite de frio severo.

Em gelo de brilho espelhado.

As flores se remexem esperando o calor,

Exalando aquele velho aroma matinal.

Agridoce fragrância saudosa.

Como se aguardasse com paixão a primavera.

As árvores deixam suas lágrimas da madrugada

Caírem em melancólica sintonia

É como se o frio as tomassem

De maneira arrebatadora e apaixonante.

Uma extrema beleza vinda de noites longas.

Um canto silencioso, quieto de muito amor.

Todo o jardim se acalma... se aconchega,

Como se a morte fosse eminente.

Os pássaros admirados permanecem a olhar,

Toda natureza mudando de verde vivo,

Ao cinza, frio e avassalador...

A paisagem torna-se uma antiga lembrança de amor.

E é tudo tão lindo, congelado no tempo,

Formando uma foto do mais estranho amor.

Tudo gira lentamente, noites longas; dias curtos.

Como o vento sombrio de inverno.

E no fundo desse jardim insondável,

De tamanha beleza inefável.

Floresce uma única flor solitária...

A flor carmim de um inverno de amor.

Érica Rosa
Enviado por Érica Rosa em 17/06/2012
Código do texto: T3729344
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