EM COVAS DE PRANTOS...

Não há semente que preste,

Pois fizeste brotar no meu peito,

Apenas a enroscada rama tua.

Não há lágrima que me sirva,

Por não fazer amenizar o efeito,

Da erva daninha, à minha terra nua.

Embora venha a irrigar meu rosto,

Orvalhos soltos em choro sorrateiro,

Apenas faz brotar saudade à luz da lua.

Mesmo que tente cultivar outras floras,

Sufoca-as meus rios vermelhos, em meio,

E em quedas, de tanta saudade impura.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 30/07/2012
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