Dias velhos.

Os espelhos,

Os reflexos,

A saudade,

Os dias velhos.

Sentado no banco,

A praça continua

O muro ainda branco,

Ao brilho da lua.

Eu olho para o rio,

O reflexo me viu,

A noite viril,

O sonho sumiu.

Engraçado a vida,

Por mais bela

Ainda suicida,

Jogada em cela.

De tudo o que houve

A bagagem eu trouxe

Por tudo o que vivi,

Ainda estou aqui.

Não fujo da decadência,

Mas tomo consciência

De que a decência,

Não nasce da demência.

Vivo dias puros,

Vivo-os com o coração

Passos largos no escuro,

Guio-me como um cão.

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 04/09/2012
Código do texto: T3865267
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