Saudade rasgada
Quantas vezes eu tenho direito de apaixonar-me por você,
Tenho sofrido com desequilíbrio,
Cheguei a pensar que sou imperfeito,
E não obtive respostas desses por que.
Incomodado não encontro alívio,
Sei que necessito de sua presença.
Ao se afastar de mim,
Adquiro hábitos de impaciência,
Ajo como pessoa ruim.
Surge em minha boca o amargo das consequências,
Sou um ser em inadimplência.
O fio da seda sem aproveitamento,
Tudo que resume em nada,
Um esqueleto cheio de vento,
Por dentro.
Sinto uma saudade rasgada,
Aqui estou eu dependente,
Alimentando essa tua existência,
Que tomou conta da alma e da mente.
Algo epidêmico,
Vírus da incompetência.
De um homem que ama alguém,
Sem limite de fidelidade,
Uma saudade rasgada que convém.
Portanto injusta,
Que se a gente prova ou degusta,
Sofre também.
Vai sentir a mágica que tem
Se amar alguém.
Pois o amor é isso,
Nasce prematuro, talvez num lance,
Inseguro feito o vício,
Vai te levando sem compromisso.
Mas aos poucos se fortalece,
E a saudade logo vem,
Porém, nem sempre fornece,
Uma segunda chance,
Com alguém.
Francisco Assis Silva è Bombeiro Militar
Email: Assislike@hotmail.com