SOMBRAS


Vertigens vêm e vão
Embalando o pulsar do coração
Bisando fatos adormecidos do passado.
Cicatrizes reabrindo a sangria
Resgatando o fogo, a fantasia
Abrindo parênteses nos traumas do dia-a-dia

Tudo ficou perdido no vento
Escrito nas linhas tortas do tempo
E de vez em quanto vem por momentos
Ser futuro passado no presente movimento

Sombras trazem à tona sua imagem
Entrego-me utópico a essa doce viagem.
Como foi lindo cada anoitecer!
Porém não viverei saudoso a uma miragem
A felicidade se renova a cada amanhecer.

Tudo foi bom
Nada feito em vão
Tom sobre tom
Na cadência da nossa canção.
Mas acabou, surgiram novos horizontes
O destino nos desviou a escalar outros montes
Sem traumas
Cada um por um caminho
Buscando pousada
Nas sombras de outros ninhos.
Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 14/03/2007
Código do texto: T412781
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