AS CORES DA INFÂNCIA
Que manhãs de alegria,
E que noites de tranquilidade
Rimaram os versos livres da poesia
Que cresceu comigo desde a tenra idade!
Como é bom o direito de ser criança,
E de cultivar o pomar da esperança
Em terras fertilizadas com a beleza,
Ainda que o sonho não amadureça!
Quanto sonho ardente, risonho e inocente,
Sonho que é só emoção, que nada entende,
Porque no sonho não há o crivo da razão,
Nem limite de expressão, tamanho ou duração!
Nas noites em que meu olhar está distante de tudo,
A imaginação voa longe, e se perde na distância...
Recria na tela fria e escura dos céus em luto
As cores quentes e claras da infância!
As estrelas reluzem nessas noites de paz,
Tanta luz assim o tempo não apagaria jamais;
Como é bom manter florido o jardim da infância,
E reviver o tempo colorido de criança!