a remoer você

dos olhos que correm nobre o linho

escorrem lágrimas de sangue e o vinho

que bebo não é a taça que desejo

nem um cálice de seu beijo na despedida

é um calo

um silêncio

um mi disperso

que despedaça

dispenso liberdades

bêbo sem vontade

vivo cem maldades

e quero e seco e morro

em troca de cama

não toco mais

no assunto

e deixo-te ir no vinho,

de novo:

embriaguês no ar.

amanhã é outro dia

de por as coisas todas no seu devido lugar.

João Sarauê
Enviado por João Sarauê em 21/03/2007
Código do texto: T420709