Espera vazia

Da janela de pouco ver,

Contemplo o pouco que posso a espera de ti,

Junto a mim a rede preguiçosa saudosa dos corpos nus,

Vivo a lembrança do teu abraço enroscado ao meu.

Os pensamentos vagueiam pelo vazio do tempo,

Há um aperto n’alma quando a noite cai,

E a madrugada rompe melancólica e fria,

Restando o esperançar do alvorecer.

Na parede uma moldura nostálgica,

Posso ver o eterno brilho do teu riso grande,

Na gaveta de lembranças as vestes do que fomos,

Choro triste ao ver que o tempo passa,

Da janela, minh’alma viaja sem limites...