Memórias em preto e branco
As vezes a solidão é escura,
Como um beco sem saída,
Te cercando cada vez mais...
Conforme o tempo passa
E ninguém escuta a minha dor,
Os meus olhos são dois faróis,
Procurando a saída
Que só está no teu abraço.
E procurando, procurando cada vez mais,
Veja o que encontro! Memórias...
Passando como um filme,
Preto e branco, quase lento,
Sorrisos... Meus, teus, de tanta gente...
Tento segurar, mas queimo as pontas dos dedos
Ao tocar...
E vejo que sou só eu
E memórias se apagando
Dentro de um beco...
Que faço eu
Com tantas memórias,
Se acho que você nem as vê,
Nem as ouve,
Assim como essa minha dor?...
Rio, 8 de maio de 2013.