Á TARDE MORRE.




Á tarde morre...me diz a chuva mansamente,
E ainda me lembra que muito te amei,
E na promessa de um beijo, sutil saudades,
Chora minha alma. Se lembras, não sei.

E a magoa desliza furtiva agora que anoitece,
E ainda vem o desespero e o ciume,
Sou uma mulher que suspira docemente,
Porque?De longe sinto o teu perfume.

A cantiga da chuva chora, diz que padeço,
Ainda não se desvaneceu o meu sonho,
Pode ser que algum dia isto aconteça,
Hoje, esta ai nestes versos que componho.

Da janela meio aberta, avisto o jardim,
E a chuva que agora vai morrendo. Esmorece,
No céu uma estrela com luz fria vem surgindo,
Enquanto inútil envio aos céus uma prece.

Se á noite eu pudesse te esquecer,
E ficar ébria com o torpor que agora cresce,
Mas, o teu perfume me ronda, é quimeras,
Na solidão empalideço nesta tarde que escurece.


DOCE VAL.
SALVADOR.01//05//2013.

Por conta dos cuidados da minha mãe de 89 anos, estou vindo pouco ao Recanto, porém, visitarei os meus amigos sempre que possível..A todos
meu muito obrigado de coração.